Revista Curta!
Ilona Szabó fala sobre política de drogas em entrevista para o Canal Curta, apresentando seu livro “Drogas: as histórias que não te contaram”. Fonte: Canal Curta!
“Li este livro de uma só vez, num voo internacional. Do começo ao fim, ele prende a atenção sem a aridez das apresentações acadêmicas. Com a habilidade dos contadores de histórias, Ilona e Isabel nos conduzem pelos labirintos das estratégias de combate ao uso de drogas ilícitas, para mostrar que existem caminhos alternativos à repressão e ao aprisionamento”
Prefácio Dráuzio Varella
Drogas, as histórias que não te contaram narra a trajetória de cinco personagens conectados pelo narcotráfico. Da plantação da folha de coca na Colômbia ao uso problemático da cocaína num centro urbano, o livro traça os perfis nem sempre óbvios de pessoas impactadas pela política de combate às drogas. Nessa guerra, bem e mal não são lados necessariamente opostos e o castigo muitas vezes é desproporcional à ameaça que uma pessoa representa para a coletividade. A narrativa joga luz nos cantos escuros de um tema tabu.
As vidas de Daniel, Irina, Mete-Bala, Jaqueline e Cadu contêm um pouco de muita gente. São personagens semificcionais que espelham a realidade de carne e osso, que vive ao nosso lado, sem nos darmos conta disso.
Morador de um pequeno sítio em área remota tomada pelo cultivo ilícito de coca, no interior da Colômbia, Daniel e sua família estão na rota dos aviões encarregados de destruir as plantações que alimentam o negócio da cocaína. Sem perspectivas, os pais abandonam a propriedade, mas antes entregam Daniel para a guerrilha, aos 11 anos.
Carioca, jovem, casada com um traficante preso e mãe de duas crianças, Irina decide se arriscar no transporte de cocaína para pagar dívidas do marido e um advogado para defendê-lo na Justiça. Sua vida nunca mais voltará ao normal depois desta decisão.
Órfão de pai e filho do meio de uma mulher sozinha, o adolescente talentoso e ambicioso abandona seus sonhos seduzido pelo tráfico em sua comunidade. Faz carreira no crime. Sua vida é tão breve quanto a dos traficantes de sua idade.
De uma família humilde e batalhadora, ela entra para a polícia atrás de um emprego mas se alista numa guerra urbana. Mãe de um menino, Jaqueline se fragiliza diante do medo de morrer e sai fortalecida do combate à violência quando percebe que o foco de sua atuação devem ser as pessoas, e não as substâncias.
Um jovem inseguro, com incertezas amorosas e profissionais, recorre ao álcool e às drogas ilícitas em busca de autoconfiança e aceitação. Torna-se um usuário problemático de cocaína. Sua batalha é sair do labirinto da dependência rumo a uma vida produtiva.
“O momento de contar essas histórias é oportuno.
Há uma revolução em curso no mundo, alterando discursos e práticas quanto às políticas de drogas. Cada vez mais desacreditada, a guerra às drogas alimenta um ciclo de violência em nome de uma meta inatingível: um mundo sem drogas. Por seus altos custos sociais, e sobretudo por jamais ter alcançado o objetivo inicial − reduzir a oferta e, por tabela, o consumo de drogas −, essa guerra obrigou os governos e a sociedade civil a cavarem trincheiras de onde surgem agora os embriões da grande mudança. O consenso sobre a necessidade de reprimir militarmente a oferta e o consumo de substâncias consideradas ilícitas ruiu.”Ilona Szabó
“Drogas: as histórias que não te contaram pode ser considerado um dos mais importantes relatos sobre a guerra às drogas a chegar às livrarias na última década. Ilona coloca em pauta as consequências imprevistas da proibição nas vidas de pessoas comuns. […] Se você ainda não estava convencido de que a política de drogas precisa ser reformulada, estará depois de ler o livro.”
Misha Glennyescritor
“Leiam esse livro. É um puta romance. Vocês vão adorar!”
Astrid Fontenelleapresentadora do Saia Justa, do canal GNT.
“Me agarrei ao livro no voo e li por inteiro em dois dias. Gostei imensamente, em especial do modo como suscita no leitor a necessidade de se adotar novas políticas de erradicação das drogas, com o que estou de pleno acordo. Admirei também a construção literária, o entrecruzar de tantas histórias que confluem para os mesmos sofrimentos e as mesmas interrogações.”
Frei BetoEscritor e religioso
“Seu livro é muito bom!”
MV BILLRapper
Co-fundou em 2011 e é diretora-executiva do Instituto Igarapé, um think and do tank globalmente reconhecido por elaborar e propor políticas sobre segurança, justiça e desenvolvimento baseadas em evidências. Entre 2011 e 2016, foi secretária-executiva da Comissão Global de Políticas sobre Drogas, que inclui ex-presidentes, intelectuais e líderes empresariais como César Gaviria, Ernesto Zedillo, Fernando Henrique Cardoso, Louise Arbour, Ruth Dreifuss, Richard Branson e Kofi Annan.
Ilona co-fundou em 2011 e é diretora-executiva do Instituto Igarapé, um think and do tank globalmente reconhecido por elaborar e propor políticas baseadas em evidências sobre segurança, justiça e desenvolvimento. O Instituto está na linha de frente de algumas das questões mais difíceis e controversas – regulação de armas de fogo, reforma da política de drogas, modernização da polícia, segurança cibernética – no Brasil e no mundo. Suas pesquisas, novas tecnologias e seus impactos são regularmente apresentados nas principais agências de notícias do mundo – da Folha e Globo à BBC, CNN e ao New York Times.
Entre 2011 e 2016, Ilona foi secretária-executiva da Comissão Global de Políticas de Drogas. Nesse período, assumiu a responsabilidade de viabilizar encontros, debates e declarações capazes de espalhar novas ideias e boas práticas adotadas em mais de 30 países para mudar o rumo da política de drogas. Ilona trabalhou em estreita colaboração com os membros da Comissão – incluindo ex -presidentes, intelectuais públicos, líderes empresariais e mundiais como Cesar Gaviria, Ernesto Zedillo, Fernando Henrique Cardoso, Louise Arbour, Ruth Dreifuss, Richard Branson e o ex-Secretário Geral da ONU, Kofi Annan.
Por suas mãos, passaram ainda como rascunhos os documentos considerados referências sobre o que funciona com eficácia para lidar com o tema. Esses documentos serviram de embasamento e inspiração tanto para a bem-sucedida experiência de regulação da cannabis no Uruguai como para o Acordo de Paz na Colômbia. Entre 2008 e 2010 Ilona foi também secretária-executiva da Comissão Latinoamericana sobre Drogas e Democracia.
Ilona tem o compromisso de defender e apoiar políticas públicas que funcionam. Para ela isto requer coragem para falar e agir e exige um diálogo aberto e informado entre múltiplos setores da sociedade. Nos últimos anos sua voz chegou a lideranças globais e a uma ampla audiência, graças aos seus artigos de opinião e entrevistas, e à sua participação em dezenas de fóruns internacionais, do TEDGlobal e Davos até encontros em alguns dos bairros mais violentos do mundo.
Ilona participou do documentário Quebrando o Tabu, como pesquisadora e co-roteirista. No Brasil, ajudou a criar redes de novas lideranças como a Rede Pense Livre e o movimento Agora! E foi nomeada Jovem Líder Global pelo Fórum Econômico Mundial em 2015.
Drogas: as histórias que não te contaram (Zahar), seu primeiro livro, oferece aos leitores a oportunidade de explorar as vidas e as lutas das pessoas envolvidas na controvertida lógica de guerra às drogas. A narrativa semificcional se inspira nas experiências pessoais de Ilona e reflete seu esforço para democratizar um assunto em torno do qual ainda pairam medo e desinformação. Ilona possui mestrado em Estudos de Conflito e Paz pela Universidade de Uppsala, na Suécia, é especialista em Desenvolvimento Internacional pela Universidade de Oslo e bacharel em Relações Internacionais.
Ilona é mãe de Yasmim Zoe, nascida em 2014, e é casada com Robert Muggah, pesquisador respeitado internacionalmente por seu trabalho sobre segurança e cidades, diretor de pesquisas do Igarapé e seu principal parceiro na jornada pessoal e profissional. Ilona trabalha quase todos os dias da semana e pratica yoga. Sua rotina inclui viagens no Brasil e pelo mundo com o intuito de aprender e estabelecer parcerias, garantir o sucesso dos antigos projetos, abrir novas frentes e plantar esperança, para transformar o mundo de Yasmim e de todas as crianças num lugar melhor.
Escritora e jornalista com vinte anos de experiência nos principais veículos de comunicação do país, foi editora da revista Época, onde trabalhou por quase 12 anos entre Rio e Brasília. Denunciou e desvendou negócios escusos que a burocracia queria esconder. De repórter a correspondente internacional, traduziu em textos o que estatísticas gritavam sem ninguém escutar. Explicou também emoções.
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Escritora e jornalista com vinte anos de experiência nos principais veículos de comunicação do país, Isabel foi editora da revista Época, onde trabalhou por quase 12 anos entre Rio e Brasília. Denunciou e desvendou negócios escusos que a burocracia queria esconder. De repórter a correspondente internacional, traduziu em textos o que estatísticas gritavam sem ninguém escutar. Explicou também emoções.
Cobriu as eleições da primeira presidente mulher do país, de um ex-bispo no Paraguai e a ascensão de um índio ao governo boliviano. Investigou os bastidores do poder e de movimentos sociais no país.
Iniciou a carreira no Jornal do Brasil e especializou-se na cobertura de Energia, tema que a levou a ser conferencista em congresso na Florida University e colaboradora de uma publicação britânica especializada no tema (Deepwater International). Ganhou prêmios.
Selecionada para a vaga de correspondente da Folha de São Paulo em Londres, entre 1998 e 1999, acompanhou o nascimento de uma nova moeda, o euro, a prisão do ex-ditador chileno Augusto Pinochet e a crise financeira mundial daquela temporada. Começou a entender então o drama dos refugiados. Por causa da Guerra de Kosovo _ conflito sangrento no qual tropas internacionais só interviriam em 1999_, jovens albaneses chegavam ao Reino Unido diariamente em busca de proteção.
Participou como convidada de cursos e seminários no Leste Europeu e na América Latina. Estabeleceu relações sólidas com colegas e fonte. Violência, educação e emprego nunca saíram do seu radar.
Depois de se tornar mãe, em 2005, Isabel percebeu que ali estava a mais desafiante das investigações, a experiência que mudou sua visão sobre si mesma e o mundo. Em paralelo às reportagens e edições, escreveu sobre família e infância durante seis anos para o site da revista Época. Os textos, publicados todos os domingos, se popularizaram e inspiraram, em 2014, o lançamento do livro A pior mãe do mundo: uma biografia não autorizada de todos nós, uma coletânea bem-humorada de crônicas sobre o cotidiano de um casal com crianças pequenas. Uma de suas entrevistas mais compartilhadas alcançou mais de 217 mil shares e tratava de criação de filhos com um escritor argentino. Em 2015, foi palestrante do TED-x Goiânia falando de maternidade para mais de 500 pessoas.
Isabel continua escrevendo e pesquisando linguagem falada e escrita para criar e fortalecer projetos pedagógicos e de suporte para campanhas sobre política de drogas e outros desafios urbanos, porque ainda não inventaram ferramenta mais eficaz de transformação social do que a palavra.
Isabel é formada em Jornalismo pela PUC-Rio.
“Para cada dólar gasto com prevenção, pelo menos dez dólares deixarão de ser gastos no futuro com os sistemas de saúde, de assistência social e criminal”
Parâmetros Internacionais para Prevenção de Uso de Drogas, UNODC, 2015
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